segunda-feira, 29 de outubro de 2012

OPINIÃO - Injeção de realidade

Como se não bastasse o caos instalado permanentemente na saúde pública e o descaso dos planos de saúde na oferta do serviço privado, agora somos surpreendidos com casos de erros por parte de enfermeiros e técnicos de enfermagem ao injetarem medicamentos nos pacientes. Meses atrás, a indignação se tratava de vaselina injetada em pacientes, uma criança foi vítima em um caso. Ontem, dia 09, uma senhora de 82 anos morre na Santa Casa de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro, após ter SOPA, isso  mesmo, SOPA, injetada na veia – ela se alimentava por uma sonda.
Estes casos nos levam a questionar a formação desses profissionais, suas condições de trabalho e a afinidade com as funções desempenhadas. É necessário generalizar os questionamentos, pois são situações que encontramos em hospitais públicos e privados, além disso, é possível identificar os verdadeiros profissionais de saúde e seus dilemas, separando-os dos perdidos dentro desta área quando respondidas as inquisições.
Quanto à formação de profissionais de saúde, é perceptível a banalização da atividade, pois o próprio sistema de saúde brasileiro funciona como uma máquina montada para fabricar desgraças. Seu funcionamento se dá de forma não tão complexa, apenas é necessário ligar fatores e causas. O sistema público de saúde não funciona, não tem inovação, nem investimento correto, mas sim desvios. Os médicos, por conseguinte, dizem que as condições de trabalho não são boas e buscam inovação. Surgem os “empreendedores” - uma classe de médicos empresários que buscam apenas o lucro ao contrário dos preocupados com o bem-estar de um povo – que montam suas organizações e se aliam a operadoras de plano de saúde, as quais o objetivo também é o capital.
Os auxiliares, enfermeiros e técnicos de enfermagem, entram nesta realidade quando se precisa ocupar as vagas nas clínicas e hospitais. Em diversos lugares do Brasil, por exemplo, milhares de deslumbrados estão de olho nas vagas oferecidas pelas secretarias de saúde de estados e municípios nos concursos abertos e futuros. Aparecem, então, como barracas de cachorro-quente as escolas de enfermagem, formando apressadamente técnicos e enfermeiros que sequer sabem aplicar uma injeção. O objetivo é suprir a demanda do mercado aquecido.
As dúvidas continuam. Será que tantas pessoas tem essa vontade imensa de trabalhar na área da saúde? Das que realmente querem, quais tem vocação, apesar deste fator não contar nestes tempos de mercado? Ser técnico de enfermagem é a opção para quem não vê outras oportunidades? Os salários são tão bons assim? Ou é o anseio de vestir um jaleco que chama a atenção e gera status?
Na verdade os questionamentos são infinitos e continuarão sendo se o sistema de saúde brasileiro não for reformulado e pensado de forma humana, não como um nicho de mercado. É preciso rever a formação dos profissionais e seus objetivos. O poder dos patrões (médicos-empresários) deve ser reduzido, pois as contratações de suas empresas se baseiam em realidades financeiras e bons profissionais podem estar fora do nível que a empresa pode pagar, pois o que rege sua existência é a economia, não a prestação de serviço. Já o sistema público deve ser forte e eficiente com verdadeiros investimentos e seleção criteriosa dos trabalhadores. Caso contrário, as injeções inacreditáveis serão tão comuns como o caos permanente da saúde pública.

Luiz Lopes da Silva Júnior

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Facitec realiza ações para melhor desempenho no Enade




                                                               
Lucia Scaff- Coordenadora do Curso de Comunicação Social

Com o objetivo de preparar o aluno para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (Facitec) está desenvolvendo políticas e ações que visam o melhor desempenho do aluno na prova. Dentre as ações, segundo informações do coordenador do Enade na faculdade, André Monsores,estão o trabalho de conscientização dos alunos, por meio de palestras que mostram a importância do exame na carreira profissional do estudante e a realização de simulados para preparar e medir o nível do aprendizado do aluno.
Além disso, acontecerá a unificação das disciplinas de tópicos especiais, matéria que traz em suas aulas a revisão do conteúdo especifico do curso, em apenas um núcleo, criando uma coordenação especifica. "A ideia é centralizar todos os esforços numa única coordenação para que seja possível definir ações para atender a demanda de cada curso no que se refere ao Enade", explicou André Monsores.
Segundo a coordenadora do curso de jornalismo, Lucia Scaff, além de todo esse trabalho que a faculdade vem desenvolvendo, serão premiados os alunos que obtiverem nota acima de sete no Exame, com valores que vão de R$ 500 a R$ 1000. A ideia é incentivar o estudante a contribuir com a avaliação.
O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. A prova é obrigatória para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima com que cada área do conhecimento é avaliada é trienal
Para a aluna de jornalismo Hellen Fernandes, a realização do Enade é um importante instrumento para que as instituições de ensino se preocupem em manter a qualidade do conteúdo ministrado em sala de aula e contratem docentes preparados.
Ainda segundo a estudante, a iniciativa da faculdade de incentivar, realizar simulados e intensificar a disciplina de tópicos especiais é muito válida. “Com uma boa revisão ficarei mais preparada para realizar o exame e contribuir de forma positiva para a nota do curso de comunicação social na instituição”, complementa Hellen.  Na opinião da discente, o bom desempenho da faculdade no exame contribuirá com a valorização do diploma.


Por: André Lage