Aproximadamente 300
pessoas participaram do movimento “Todos contra a corrupção, fora Renan”, que
aconteceu no sábado, 23, em Brasília. A manifestação foi organizada através das
redes sociais em protesto à eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para
presidente do Senado Federal.
Os manifestantes, a
maioria jovem, se reuniu em frente ao Museu Nacional, de onde partiram às 14h,
rumo ao Congresso Nacional para pedir a renúncia de Calheiros. Com apitos,
nariz de palhaço e rostos pintados, as pessoas cantavam em coro:“ô Renan eu vou
te demitir o seu salário é pago por mim” e “voto secreto não, eu quero ver a
cara do ladrão”, em alusão aos 56 senadores que votaram no peemedebista.
O organizador do
protesto, o analista de sistemas, Rogério Salvia, explica que o objetivo é
chamar a atenção da população para os desmandos no parlamento brasileiro e
resgatar a imagem “dos caras pintadas”, nome dado aos jovens e estudantes que,
em agosto e setembro de 1992, pintaram o rosto de verde e amarelo e organizaram
passeatas pelo impeachment do ex-
presidente Fernando Collor de Mello.“Nós precisamos trazer a imagem “dos caras
pintadas” de volta e mostrar que nós não somos representados pelo Congresso”, desabafa.
A estudante de direito,Thaís
Menezes,salienta que é preciso chamar a população a se envolver mais com os
assuntos da política do país. Menezes lamentou o número de pessoas no ato.
“Mais de 1.500 pessoas confirmaram presença para nos ajudar, no entanto temos
aqui, hoje, aproximadamente um terço delas”, explicou.
Denúncias contra Renan
O senador já havia
renunciado ao cargo de presidente do Senado, em 2007, ele foi acusado de
receber ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras, que teriam pagado despesas
pessoais, como o aluguel de um apartamento e a pensão alimentícia de uma filha
do senador com a jornalista mineira Mônica Veloso. Recentemente o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, apresentou
denúncias de que o parlamentar teria apresentado notas frias para comprovar as
despesas. Outras manifestações ocorreram, no mesmo dia, nas principais cidades
do país.
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