A Comissão do Transporte Público Coletivo da Câmara Legislativa do Distrito Federal divulgou neste semestre o resultado da pesquisa sobre o sistema de transporte público do DF. Cerca de 3,8 mil moradores das 31 regiões administrativas foram ouvidos, sendo que apenas 0,3% consideram o serviço ótimo. As reclamações mais freqüentes são a superlotação, tempo de espera e o estado físico dos veículos, outra queixa é que o metrô atinge apenas poucas cidades do DF.
Segundo a pesquisa 50,4% dos usuários dos transportes coletivos utilizam ônibus, 1,8% metrô e 31,2% usam carro particular. Para o diretor geral do DF Trans, Marco Antônio Campanella, a precariedade do sistema é sentida por quem anda de ônibus e trafega de carro “No DF as pessoas estão disputando espaço com as pessoas, principalmente na região central de Brasília”.
A estudante Danielle Ribeiro (25), afirma “O transporte é péssimo, pois demora muito a passar e quando passa está lotado, o brasiliense tem essa cultura de andar sempre de carro, acho que isso influencia também”. A aluna não é a única, já que o transporte público no DF é avaliado como péssimo por 61,8% dos usuários.
Atualmente o metrô conta com uma frota de 32 trens com 4 carros, onde apenas 24 trens circulam e 24 estações em operação que atendem em média 127 mil passageiros por dia. Está previsto um investimento de 2,2 bilhões de reais pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) lançado pelo Governo Federal, que visa a expansão e modernização do metrô, a conclusão do Sistema de Transporte no Eixo Sul, Eixo Oeste e obras no Expresso Norte e a troca da frota rodoviária da cidade.
O motorista de ônibus Wellington Silva (47), que tem 12 anos de profissão diz “As condições de trabalho são muito ruins, além do estresse diário do trânsito ainda temos que agüentar o barulho alto do motor o dia inteiro, pois as condições dos ônibus são péssimas e a falta de segurança acaba deixando a gente sem vontade de trabalhar”.
Os recursos para implantação de melhorias no transporte público, PAC da Mobilidade ainda não foram liberados. O programa foi lançado em 2011 a fim de enfrentar os problemas mais graves do Brasil, é destinado a municípios com população superior a 700 mil habitantes, atingindo assim 39% do país.
Por Izabella Moura e Elisabete Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário