No período entre janeiro e agosto de 2012, a bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados recebeu mais de 900 mil reais referentes à Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP). A deputada Érika Kokay (PT-DF) foi a deputada que mais recebeu o benefício no período, R$185.308,78. Já o deputado Reguffe (PDT-DF) foi o que mais economizou, apenas R$4.810,73 em despesas.
*As informações do deputado Paulo Tadeu (PT) referem-se somente a quatro meses deste ano. |
Os dados publicados pelo portal da Câmara revelam as contas dos parlamentares por mês. De janeiro a agosto deste ano foram usados exatamente R$ 923.506,90. O dinheiro é reembolsado aos parlamentares, cobrindo os gastos com transporte aéreo, serviços postais e telefônicos, consultorias, pesquisas, divulgação da atividade parlamentar, manutenção de escritório e com combustíveis e lubrificantes.
Para o Coordenador do Curso de Matemática da Facitec, Professor Jansen Ribeiro Pires, os gastos reembolsados pela cota “estão dentro da legalidade, mas são o ápice da imoralidade”. Ele destaca também que, apesar do alto investimento nas atividades dos parlamentares, não há uma atuação significativa da bancada do DF. Para o deputado Reguffe, o qual teve uma excelente atuação como distrital, está apagado no Congresso.
Comparando com outros gastos, o dinheiro reembolsado aos deputados poderia ser investido em áreas importantes como a educação. A secretaria de Educação do DF, por exemplo, desembolsou 600 mil reais na implantação da Universidade Distrital, segundo dados do Portal da Transparência. Outros investimentos em educação também ficam abaixo dos gastos dos deputados, entre eles a construção de creches (R$500mil) e de unidade de ensino especial (R$650mil).
Investimentos de alguns setores do governo Governo Federal no DF ficaram aquém do valor reembolsado aos parlamentares. Exemplos são os projetos de Apoio a políticas para as mulheres (R$603.213,66); de políticas sobre drogas (R$261.296,00); de apoio à reestruturação da rede física pública da educação básica (R$700.000,00); e de formação de profissionais (R$40.800,00).
Por Luiz Lopes e Natália Oliveira
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