Graffite de Ricardo Santana |
Introduzido no Brasil no final da década de 1970, o grafite ainda é visto como um assunto sem importância. Atualmente é considerado como uma forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto, ainda existem pessoas que não concordam, comparando o grafite com a pichação. Em alguns países ambos configuram crime de vandalismo quando realizados sem a devida autorização, tanto em propriedade pública ou privada.
Na intenção de apronfundar os conhecimentos nessa área, entrevistamos o graffiteiro Ricardo Santana:
Quando e por que você escolheu ser grafiteiro?
Em 2003, conheci o break dance e também as pessoas que desenhavam. Desde criança já desenhava, mas depois de descobrir as cores e entrar no mundo do graffiti eu vi ali um modo de me expressar e até mudar algumas percepções de olhares e vida com o graffiti.
Em sua opinião, qual a importância do grafite na vida dos jovens?
Para muitos é um escape, para outros diversão, para alguns trabalho e como eu já escutei: "graffiti é uma terapia"...
E com um bom projeto tenho certeza que tiraria o tempo ocioso de muitos jovens.
Qual a maior dificuldade que o grafiteiro encontra para exercer sua arte?
A falta de apoio. Não só do governo mas de um todo, porque muitas vezes as instituições pedem aulas de graffiti oficinas, mas não entendem que o graffiteiro tem contas, gasta com tintas etc, ou seja , a maior dificuldade ainda é a falta de conhecimento.
Você acredita que existe preconceito com os praticantes de grafite?
Muito! E infelizmente esse é o ciclo do ser humano, a falta de cultura de muitos acarreta a isso - ao preconceito - e lembrando que muitos artistas são ou foram graffiteiros, dai muitas vezes o melhor é se apresentar como artista.
Envolvendo o hip-hop, cores, imaginação e criatividade o grafite é a arte do protesto. É onde o artista tem a liberdade para se expressar e refletir a realidade das ruas. Diferentemente dos pinchadores que, demarcam seus territórios e selam intrigas entre grupos rivais, o grafiteiro pretende o contrário: tirar o jovem da criminalidade e levá-lo a caminhos diferentes.
Por: Dayane Ximennes, Elisabete Martins, Izabella Moura e Raiane Alves.
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